sexta-feira, agosto 07, 2009

RIP, John Hughes!

Este blog anda às moscas, mas a morte desta pessoa que preencheu minha vida de alegrias é um evento não poderia passar em branco...
Meu pai em meados dos anos 80 até quase o finalzinho da década de 90 era sócio/proprietário de uma locadora. Eu costumava passar as tardes assistindo filmes e jogando video-game. Mesmo assistindo quase tudo que saia, até quase o comecinho do século XXI, não prestava muita atenção aos nomes de diretores, os únicos nomes que associava a filmes era: Spielberg, Chaplin e Walt Disney (shame on me).
Por volta de 95 chegou na locadora um filme do Kevin Smith chamado: O Balconista, me encantei instântaneamente pelos personagens Joe e Silent Bob, este foi o primeiro evento que me chamou atenção para o nome de um diretor pois queria assistir tudo viesse a aparecer esses dois personagens.
Comecei a prestar mais atenção ainda nestas questões enquanto cursava faculdade de jornalismo em 98. Em 2007 por ocasião do Mostra Internacional de Cinema, assisti o Clerks 2 e me chamou atenção o fato do Jay mencionar que o Silent Bob era fã dos filmes de John Hughes. Em função disto, fui atrás da vida e obra deste diretor e descobri que mesmo sem saber quem ele era eu era fã incondicional desta criatura e alguns dos filmes que mais curtia tinha o dedo dele na direção/roteiro/produção e eu sem ter idéia conhecia praticamente quase toda sua produção! Os personagens criados por John Hughes marcaram minha transição infância/adolescência.
Preciso confessar que Curtindo a Vida Adoidado e A Garota de Rosa Shocking, em especial, emanam em mim um efeito diretamente proporcional ao efeito que Chaves e Chapolin tem pra esta galera que nunca se cansa de assistir as ilimitadas reprises passadas no SBT. Se estou fuçando a programação e estes filmes estão passando, eu largo tudo que estiver fazendo pra assistir. Fato!
Ao longo dos anos, venho percebendo a galera descendo o cacete neste diretor, por conta de algumas bolas fora que alegam que ele vem dando. Entretanto, nenhuma cagada que ele fizer pode neutralizar a alegria que esta cena de Curtindo a Vida Adoidado representa pra história da linguagem cinematográfica...



Confesso ainda, que a trama de O Clube dos Cinco me comove até hoje, sou deslumbrada pela maneira brilhante como ele desconstrói os papéis sociais do universo escolar (tudo bem que aqui no Brasil não existe futebol americano, nem cheerleaders, mas os papéis sociais na escola são exatamente os mesmos).
Este ano, a bruxa anda solta e estão ocorrendo grandes perdas na cultura pop.

Acho apropriado fechar este post com Don't you (forget about me!) do Simple Minds, trilha sonora de O Clube dos Cinco.